Aprimorando a segurança em óleo e gás por meio da integração de fatores humanos no treinamento simulado

Josh Loveland apresentou este tema na Conferência de Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Treinamento da International Association of Drilling Contractors (IADC) em Houston, em fevereiro de 2025. Assista à sua entrevista com a Drilling Contractor, revista oficial da IADC.

Onde podemos, de propósito, permitir que os aprendizes cometam um erro, falhem ou até mesmo causem um desastre? A resposta – simuladores.

Nossa indústria utiliza simuladores no treinamento técnico há anos – e com sucesso! Controle de Poço, licenciamento de Guindastes, Posicionamento Dinâmico... existe lugar melhor para proporcionar um ambiente seguro onde podemos permitir que os erros se acumulem, sem as consequências do mundo real?

Por que não fazer o mesmo para o Crew Resource Management (CRM)?

No setor de óleo e gás, segurança não é apenas um procedimento—é uma mentalidade. Uma das formas mais eficazes de mudar essa mentalidade é por meio de treinamentos com simulação focados em fatores humanos.

Na Maersk Training, criamos um ambiente psicologicamente seguro onde os participantes podem praticar, errar e aprender com cenários de simulação utilizando diferentes ferramentas do CRM. Esses cenários ajudam as equipes a se prepararem para os desafios reais que enfrentam offshore. Em vez de apenas treinamentos teóricos, usamos nossos simuladores de alta fidelidade para trazer o ambiente de trabalho dos aprendizes à vida, e é aí que o treinamento de CRM acontece.

Por que fatores humanos importam

A maioria dos incidentes não ocorre por falhas técnicas. Eles acontecem quando as pessoas estão distraídas, fatigadas ou se comunicam mal sob pressão. A Dra. Madeline Wu, falando na Conferência IADC-APAC de 2015, identificou as principais causas de falhas na consciência situacional:

• Distrações

• Visão em túnel

• Estresse

• Fadiga

• Alta carga de trabalho

O estudo dela mostrou que, em um período de 10 meses, ocorreram 135 incidentes, e 67% deles foram causados por falhas no 1º nível de Consciência Situacional.

Desenvolvendo liderança em segurança

A simulação também desenvolve liderança. Os participantes aprendem a agir cedo quando algo parece errado, apoiar colegas sob pressão e se comunicar de forma clara e decisiva.

Esses comportamentos influenciam o desempenho diário em segurança. Eles definem o tom da cultura.

Comprovado por pesquisas

Uma pesquisa de Ojuola, Mostafa e Mohamed em 2020 destaca três fatores-chave para o sucesso em segurança:

• Treinamento contínuo

• Comunicação transparente

• Responsabilidade pela segurança em todos os cargos

A simulação fortalece todos os três. Ela desenvolve prontidão, fomenta confiança e reforça a responsabilidade compartilhada por operações seguras.

Da conscientização à ação

Simulação não é sobre passar ou falhar. É sobre entender comportamentos e construir melhores hábitos. Não testamos apenas procedimentos. Testamos como as equipes respondem à pressão, gerenciam distrações e mantêm a consciência do ambiente ao redor. Em vez de ensinar teoria, permitimos que as equipes vivenciem o que acontece quando a comunicação falha ou alguém monitora o indicador errado por 30 minutos. Depois, fazemos o debriefing e aprendemos juntos.

Aprendizado real, impacto duradouro

O feedback mostra a diferença. Um participante disse: “Isso não foi só sobre içamento—me ajudou a ser um supervisor melhor. Realmente se aplica ao meu trabalho.” Esse é o objetivo. Não apenas conhecimento, mas capacidade real e aplicação prática.

Nossos cursos integram habilidades de CRM (gestão de recursos da equipe) como: comunicação, consciência situacional, tomada de decisão, trabalho em equipe, liderança e fatores que influenciam o desempenho. Essas habilidades são praticadas em ambientes realistas—porque é aí que elas mais importam.

Repense sua estratégia

O treinamento com simulação baseado em fatores humanos é uma das formas mais práticas de preparar equipes para riscos reais. Existe uma grande diferença entre entender a teoria e vivenciar o cenário.

Pergunte a si mesmo:

• Suas equipes apenas foram treinadas—ou estão realmente prontas?

• Elas conseguem liderar sob pressão?

• Praticam o erro em um ambiente seguro?

Se não, é hora de repensar sua estratégia de treinamento.